De acordo com os autos do processo, testemunhas falaram que ouviram barulhos de discussão e em seguida, disparos de arma de fogo. Funcionários do Hotel em depoimento falaram que o hóspede Suareste, foi até a recepção e falou que possivelmente tinha atirado na mulher (Magna Fortes), porém não sabia o que havia ocorrido, e estava com mão cheia de sangue. Ao entrar no quarto do Hotel,  funcionários viram que a Magna Fortes, estava bem, e não havia sido atingida, no entanto Suareste estava em choque,  por alguma razão, possivelmente por uso de alguma substância. Ele havia cortado a mão no vidro da janela que ele mesmo quebrou. Ele foi preso em seguida pela Polícia Militar (PMAL).

No depoimento na delegacia e em juízo, Magna Fortes negou que estava em cárcere privado. E falou que sabia que o namorado andava armado, mas que achava que ele tinha autorização. Então, ele foi inocentado do crime de sequestro e cárcere privado que foi apresentado pelo Ministério Público de Alagoas. E condenado apenas por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.

Suareste tem outras passagens pela Polícia por ameça, que ocorreu no mês de março do ano de 2010. E por grave infração de trânsito, por ter atingido uma portaria de um prédio em Maceió, andando em alta velocidade na contramão, e respondia a outros processos.

Mesmo com todo esse histórico de violência  e perturbação, a admistradora mantinha essa relação com ele. Magna Fortes sempre foi uma pessoa de bem, admirável, e que trabalhava desde cedo nos empreendimentos da família, dessa forma poderia supostamente haver uma questão de dependência emocional da parte dela nessa relação? São esses os questionamentos.

Falando de forma geral e não especificamete desse caso; muitas vezes a mulher com coração bondoso, acha que o sujeito que tem transtornos de personalidade antissocial ou sociopatia, pode mudar, e sempre dar oportunidades. É claro,  que uma pessoa pode mudar seus comportamentos, mas que para isso é necessário ajuda de profissionais da área de saúde mental, uso de medicamentos específicos para cada caso.  No entanto, se não tiver acompanhamento adequado, os resultados são violências, e principalmente quando há histórico de uso de substâncias ilegais.

No caso da administradora Magna Fortes, muitas pautas são levantadas: violência contra a mulher, dependência emocional, e em outros casos tem também a dependência financeira, esse último ponto, não se aplica ao caso em questão, pois a vítima tinha um padrão de vida elevado, embora fosse uma pessoa humilde e discreta socialmente, mas ela não dependia financeiramente do suspeito.

É necessário que a sociedade encontre meios para que a violência do tipo que ocorreu ontem, não aconteça mais,  ou que ao menos tenha redução.  Pois todos os dias na região do Sertão, são registrados casos de violência contra a mulher, e isso precisa mudar.

Não estamos fazendo juízo de valores, é apenas uma discussão que precisa ser ampliada na sociedade, pelas autoridades, e pelas mulheres, pela representatividade política feminina,  para somar forças e criar novas leis que as protegam.

Hoje uma família sofre muito, e uma sociedade toda fica abalada, por todas as qualidades que a vítima tinha, e por uma vida pela frente que deveria ter. Novamente apresentamos nossos sinceros sentimentos aos familiares de Magna Fortes, por esse momento de muita dor.